quinta-feira, 27 de junho de 2013

i-ALTA IPA

                           i-ALTA IPA da garrafa            i-ALTA IPA do barril

Pra variar um pouco, desta vez resolvemos fazer uma India Pale Ale bem lupulada!
A grande diferença é que resolvemos dar crédito novamente ao dry hopping. Dry hopping é a técnica de adicionar lúpulo durante a fermentação ou maturação com o objetivo de dar aroma de lúpulo à cerveja. Andávamos um pouco receosos desta técnica após uma tentativa mal sucedida onde a leva inteira foi perdida por contaminação da cerveja. Adicionar o lúpulo durante a fervura é mais seguro, e é o que vinhamos fazendo desde então. Para compensar a ausência de dry hopping usamos cargas bem generosas de lúpulo no final da fervura, mas o resultado não é igual ao obtido adicionando o lúpulo na fermentação. Precisávamos testar novamente esta técnica tão utilizada pelas microcervejarias, especialmente neste estilo tão lupulado que é a IPA.
A receita ficou assim:

76% Malte Pilsen
12% Malte Vienna
8% Malte Munich 25EBC
4% Malte Cara Amber 70EBC

Mosturação @ 67C

Lupulagem:

Columbus @ 60min p/ 30 IBUs
Columbus @ 15min p/ 20 IBUs
Columbus @ 0min (2g/L)
Simcoe no Dry Hopping (3g/L)

Levedura US-05

OG: 1.064
FG: 1.014
ABV: 6,5%
IBU: 50

E a cerveja ficou excelente! Percebemos um caráter de lúpulo mais agressivo em relação as levas apenas com lúpulo no final da fervura. Isso pode ser devido ao dry hopping ou a carga de lúpulo a 60 minutos, que também não vinhamos usando. A próxima IPA deverá usar a lupulagem de amargor apenas no final e também o dry hopping para podermos comparar e definir a melhor técnica para nossas IPAs, mas antes disso sairá uma cerveja com 0 IBUs (zero de amargor)! Mas isso é assunto para um outro post!

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Rye Amber ou Rye IRA

As cervejas com centeio já são um sucesso na escola cervejeira contemporânea das craft beers americanas. Especialmente quando falamos das RyePAs, que seriam nada mais do que IPAs com centeio. Mas para nossa primeira experiência com este grão buscamos algo um pouco diferente. Optamos por uma Rye IRA (india red ale). Seria uma espécie de amber ale mais lupulada e com centeio.
A idéia foi pegar a base de uma receita de amber ale, substituir parte do malte de cevada por malte de centeio (cerca de 30%) e acrescentar mais lúpulo de sabor e aroma.
O resultado foi uma cerveja de cor avermelhada, aromática e muito saborosa. O corpo da cerveja ficou denso e sua espuma muito consistente.

A receita ficou assim:

56,5% Malte Pilsen
28% Malte de Centeio
7% Malte Cara Ruby 60EBC
7% Malte Amber 70EBC
1,5% Malte Chocolate Centeio

Mosturação em 66C

Lupulagem:
Columbus @ 60min p/ 40 IBUs
Simcoe @ 0 min (4g/L)

Fermentação a 17C com US-05

OG 1.055
FG 1.013
ABV 5,5%
IBU 40

E a cerveja assim:

quarta-feira, 12 de junho de 2013

West Coast IPA

A india pale ale da costa oeste (dos EUA) é uma American IPA turbo, ou seja, mais lupulada, mais alcoólica e por consequência mais intensa. Ela não chega a ser uma Imperial IPA, e na verdade ela não chega nem a ser um estilo oficial, mas em virtude das características das IPAs californianas, estas cervejas receberam esta nomenclatura de origem, pelo menos entre os aficionados por IPAs.
A minha primeira receita tentando reproduzir uma West Coast Ipa ficou assim:

62% malte pale
31% malte pilsen
6% açucar cristal (na fervura)
1% malte crystal 160EBC
Mosturação em 64C

Lupulagem:
Warrior @ 30min p/ 40 IBUs
Columbus @ 10min p/ 37 IBUs
Simcoe @ 0min (6g/L) 


Fermentação a 18C com US-05.


OG 1.072
FG 1.015
ABV 7,4
IBU's 77


E o resultado foi incrível, especialmente no barril. Mesmo sem usar a técnica de dry hopping, o aroma de lúpulo ficou ótimo, isto se deu especialmente pela intensa carga de lúpulo nos minutos finais da fervura.

O ponto positivo disto é conseguir uma cerveja mais limpida, uma vez que adicionar lúpulo diretamente na maturação ajuda a criar uma certa turbidez na cerveja.
Abaixo uma foto da Pacífica servida do barril!


Confesso que a versão em garrafa não ficou tão bacana, acredito ser por causa do priming. Para estilos americanos o ideal é o envase por contra-pressão, onde não ocorre a refermentação na garrafa, mais comum em cervejas belgas.